Fernando Sarney pede ao STF saída imediata de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF


O vice-presidente da CBF, Fernando Sarney, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que seja suspenso o acordo que garantiu a permanência de Ednaldo Rodrigues no comando da entidade. O documento, que havia sido homologado em fevereiro, agora é contestado com base em suspeitas de falsificação de uma das assinaturas que viabilizaram sua oficialização.

Sarney sustenta que a suposta assinatura do ex-presidente da CBF, Coronel Nunes, não é autêntica, o que comprometeria a validade jurídica de todo o acordo. Um trecho da petição enviada por seus advogados argumenta que as provas indicam a construção de um ato simulado, e por isso solicita que os efeitos da decisão sejam suspensos de forma imediata, o que significaria o afastamento de Ednaldo do cargo.

O pedido foi feito na esteira da notícia de que um de seus aliados, Eurico Pacífico, foi demitido por justa causa de um cargo de gestão do Beach Soccer da CBF.

O atual presidente da CBF também se mantém no cargo com base em uma liminar concedida por Gilmar Mendes, em janeiro de 2024. À época, o ministro considerou que a intervenção judicial na CBF poderia resultar em punições ao futebol brasileiro por parte da Fifa, e decidiu reconduzir Ednaldo ao posto enquanto não houvesse uma definição judicial definitiva sobre o caso.

O pedido de Fernando Sarney amplia um impasse que já dura mais de três anos. Desde que o atual presidente venceu a eleição de 2022, questionamentos sobre a legalidade do pleito tramitam no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, e embora ainda exerça a função de vice-presidente no ciclo que vai até março de 2026, Sarney se afastou politicamente de Ednaldo e não integrou a chapa que foi reconduzida por aclamação para o próximo mandato, que se estende até 2030 e que não contou com oposição.

Em fevereiro, o cenário parecia ter sido resolvido após a assinatura de um protocolo entre dirigentes e a Federação Mineira de Futebol, que validou a continuidade de Ednaldo na presidência. Entre os nomes que constam no documento estão o próprio Fernando Sarney, Coronel Nunes, Castellar Neto, Gustavo Feijó, Rogério Caboclo, além da FMF e da CBF.

O caso voltou a ganhar repercussão nesta semana após a deputada federal Daniela Carneiro protocolar uma petição no STF também pedindo a saída de Ednaldo.

A parlamentar afirma que um laudo técnico comprova que a assinatura atribuída ao Coronel Nunes é falsa, o que reforçaria a tese de invalidade do acordo, e caberá a Gilmar Mendes, relator do processo, avaliar tanto o pedido de Daniela quanto a nova manifestação de Sarney.

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